quinta-feira, 5 de junho de 2014

CRISTIANISMO MODERADO?

Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer. Lucas 17:10

Moderação em termos de crescimento espiritual não é virtude cristã. Foi a filosofia grega que supervalorizou os méritos da "moderação", não o cristianismo. Conforme o teólogo escocês Peter Taylor Forsyth observou: "Não há excesso em amar a Deus. Não há excesso em crer nEle. Não há excesso na santidade. Verdadeira fé nEle é sempre imoderada e absoluta." Isso significa que não há limites para nosso compromisso e dedicação a Jesus Cristo. Estaremos sempre aquém em amá-Lo, conhecê-Lo, crer nEle e servi-Lo. Sempre aquém, ainda, em nossa resposta ao Seu convite à santidade. Em outras palavras, haverá sempre "muita terra para ser conquistada".

O erro perfeccionista não é ser radical, mas não ser radical o bastante, e contentar-se com muito pouco. Perfeccionistas, por causa de sua compreensão superficial de pecado, facilmente se sentem "triunfantes e vitoriosos". Cometem o engano de se julgarem espiritualmente superiores, vítimas da síndrome do "já alcancei". Concluem que, em algum momento, alcançarão um estágio de impecaminosidade absoluta e serão tão santos que não mais precisarão de Cristo. O perigo dessa atitude é que aqueles infectados por ela tornam-se inconscientes da malignidade do mal radicado dentro deles.

Entender que não há limite para nossa consagração a Ele abre espaço para a humildade e a despretensão. A consciência da graça ajuda-nos a entender que não merecemos nenhum tratamento especial. Continuamos "servos inúteis". Isso também nos ajuda a ver que, quando julgamos estar alcançando o alvo, este se projeta para mais distante. Assim, o avanço deve ser permanente, sem nenhuma bandeira de chegada para ser agitada. Como Ellen White indica, o eco da voz divina chega a nós dizendo "mais alto". Qual deve ser nossa resposta? "Mais alto ainda, Senhor." Tal atitude torna difícil cairmos na armadilha do "cristianismo moderado", que se satisfaz com muito pouco.

Observe: o alvo do crescimento cristão não é determinado por qualquer agenda perfeccionista, com motivações falsas. Foi Jesus quem estabeleceu o cenário para a resposta cristã radical, que nos convida a tomar a cruz e morrer diariamente.

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